domingo, 26 de junho de 2011

A gente nunca cresce

Tenho vinte e três anos.
Respiro e penso teatro de segunda a sábado. E alguns domingos.
Vejo amigas casando, tendo filhos.
Escrevo peças, ouço composições, penso projetos.

Enfim, no geral sou gente grande, vivo e amo minha profissão.

E aí, quando tudo parece ótimo e indo bem, acontece algo comum para a maioria das pessoas. Não para mim, que tento evitar tal fato a todo custo.

Acho que estou apaixonada. Gostando, sei lá. Por um cara que eu já amo, como amigo.
E estou confusa, e enciumada, e paranóica, e adolescente.

Eu não gosto de me apaixonar, porque eu não gosto mesmo das partes que todo mundo acha uma delícia. Eu sofro, eu sou intensa, eu sou meio louca assim mesmo.

E ele é pior, bem pior.

Gosto de me sentir "gostada", desejada.

Mas não gosto de como as coisas vão indo.

Eu estou num momento onde relacionamentos amorosos são bem difíceis de se encaixar, mas que se relacionar não necessariamente signifique namorar.

Enfim, no coração a gente não manda, mas não tem desculpa não ser racional.

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