quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O dia em que eu vi Paul McCartney

Eu esperei dias para escrever esse texto, e não por falta de inspiração, mas porque eu tinha a estranha sensação de que nada daquilo havia sido real.

Ainda parece um sonho, então decidi que já era hora de falar a respeito.

Antes de mais nada é preciso esclarecer uma coisa: eu tenho quatro ídolos, pessoas que amo, defendo como se fossem da família, e que me inspiram tanto como pessoa como enquanto artista.

Madonna, Paul McCartney (meu beatle favorito), Ayumi Hamasaki e Yoshiki Hayashi.

Sou fã de outros artistas, claro, atores, outros músicos, autores....mas esses quatro são os que fazem a diferença mais diretamente.

No dia 21 de Novembro desse ano eu entrei sozinha no Morumbi.

Quer dizer, eu e mais 64 mil pessoas, desconhecidas para mim.

Eu tenho mil motivos para amar tanto Paul McCartney...sua voz, sua genialidade enquanto letrista, sua personalidade, sua visão em vários momentos que ajudaram a tornar os Beatles os maiores.

Eu compreendo os fãs do Lennon (e eu SOU fã dele), mas eu me identifico muito mais com o lado "razão" do Paul que a "paixão" do John.

Não ignorem as áspas, nenhum dos dois era só razão ou só emoção, isso seria até um desrespeito com o papel de cada um na banda.

Sir Macca nos seus quase 70 anos subiu ao palco e me fez gritar, os olhos ardendo pelo choro contido...e quando eu cantei Venus and Mars eu me senti em preto e branco. Tão desesperada quanto as fãs dos anos 60 em A hard day's night.

Além da Madonna, em 2008, essa foi a primeira vez que eu sabia e amava TODAS as músicas de um show.

E o véinho tocou por 3 horas, faz diferença.

As homenagens ao John e ao George foram lindas.

As frases em português foram lindas, e de um cuidado incrível, é claro que é padrão, mas me fez sentir mais próxima daquele homem tão incrível e talentoso.

Minhas pernas doíam, o calor era de matar, o ar parecia pouco, mas eu saí anestesiada de lá...e o mais estranho é que apesar de lembrar de cada segundo a minha lembrança é quase como a de um dvd.

Eu ainda preciso olhar para o ingresso usado para acreditar que estive lá, que foi tudo real.

E me desculpe discordar mais uma vez de você Lennon, mas o sonho não acabou.

E para terminar, um trecho do Paul falando sobre o John, na sua biografia Many year from now (só pra não parecer que eu tenho alguma implicancia)

"Eu gostaria de registrar quem John era ótimo. ele era realmente maravilhoso, e eu o amava. Eu era muito feliz de trabalhar com ele, e ainda hoje sou seu fã. John e eu fomos as duas pessoas mais sorturdas do século XX por termos nos encontrado. A parceria, a mistura, era incrível. Nós dois tinhamos qualidades que surgiram e que nós conhecíamos e víamos."

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