sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sobre desfragmentação

Hoje quando voltava pra casa depois de ver "O papa e a bruxa", dos parlapatões eu pensei sobre algo que já havia me ocorrido, mas que na hora não dei importancia.

Quando você consome algo cultural (peça, filme, livro, música e...) e acha muito bom a vontade é de ver e rever milhares de vezes.

É sempre bom, te ajuda a saborear e a descobrir novos aspectos que antes haviam passado desapercebidos.

Ao analisar uma obra, olhar uma segunda, terceira, décima vez, você acaba descobrindo todo tipo de coisa que te faz admirá-la ainda mais, e que muito provavelmente escaparam da primeira vez.

O caso é: quando você vê algo e acha apenas bom, legal, a reavaliação da obra pode fazer com que esta torne-se simplesmente medíocre.

Se você não amou algo de primera, na sua análise posterior as chances de detalhes ruins que escaparam se transformem em mais argumentos contra a obra são enormes.

Você achava ok, e provavelmente vai passar a odiar.

Se você se sentiu tocada, e gostou muito, provavelmente vai passar a amar.

Não é uma regra.

Nem se quer faz tanto sentido, são 3 da manhã e muito sono somado a uma garrafa de champagne que substituiu o suco de goiaba que acabou não são a melhor combinação para que algo coerente seja dito.

A propósito, quero voltar e rever quantas vezes puder O papa e a bruxa, pois amei, recomendo, e é o tipo de comédia que me agrada de verdade.

Tá tudo meio girando.

Nenhum comentário: