É engraçado como algumas situações nos fazem repensar tantas coisas a respeito da vida.
Parece exagerado, e até mesmo bobo, mas eu consigo dividir as fases que vivi através de momentos específicos que me fizeram mudar determinados rumos.
Recentemente tenho analisado algumas coisas por uma óptica (ótica?) mais extremista.
Me parece definitivo que não estou feliz da maneira que estou, e ao mesmo tempo não há muito o que fazer para uma mudança efetiva.
Quando mudar não depende unicamente de uma proposta unilateral o circulo aparentemente se fecha, e as paredes parecem ficar tão brancas a ponto de quase cegar.
O desespero leva a medidas extremas.
Ler poemas, ver filmes, ou ouvir Chico Buarque não causa mais nenhum impacto.
As luzes coloridas do neon parecem uma lembrança distante, e a música alta tem um som esquisito, como se as caixas amplificadoras estivessem colocadas dentro de grandes latas de tinta.
Por que é tão fácil escrever quando eu mal sei o que quero dizer?
De repente, até ler perdeu a graça.
Eu não sei o que quero, e nem quem eu quero que me ouça.
Felicidades efêmeras não preenchem mais, e tenho vergonha de admitir que por um tempo elas foram suficiente.
Eu preciso de um novo rumo.
Sinto falta das epifanias.
domingo, 16 de maio de 2010
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